A diminuição no número
de nascimentos em simultâneo com um crescente aumento da esperança média de
vida, tem resultado numa alteração demográfica acentuada, com um aumento da
percentagem de gerontes, que tem vindo a provocar uma inversão na pirâmide de
idades em Portugal (Carrilho & Patrício - INE, 2010).
O Envelhecimento Populacional
Segundo informação
retirada de um artigo do jornal Expresso Online o envelhecimento da população
portuguesa vai estabilizar apenas em 2049, revelam as últimas projeções do
Instituto Nacional de Estatística (INE) até 2080. O número de idosos passará de
2,1 para 2,8 milhões entre 2017 e 2080. Face ao decréscimo da população jovem,
a par do aumento da população idosa, o índice de envelhecimento mais do que
duplicará, passando de 147 para 317 idosos por cada 100 jovens em 2080.
Diante da realidade
inquestionável do aumento da esperança média de vida, evidencia-se a
importância de garantir aos idosos não só uma sobrevida maior, mas também um
envelhecimento bem-sucedido, aliado ao conceito de bem-estar, assumindo deste
modo o conceito de Qualidade de Vida um particular interesse; no entanto, só
conhecendo de forma mais aprofundada a população idosa e as suas necessidades,
é que poderá ser possível um apoio mais eficaz, no sentido da promoção da saúde
e de um envelhecimento activo.
Com o avanço da idade ocorre uma deterioração global e sistémica que ocorre a vários níveis, podendo identificar-se uma perda progressiva de competências biofisiológicas,
psicológicas, sociais e psicomotoras que pode ser resultante do processo natural de envelhecimento ou da ocorrência de
Perda de Competências do Idoso
Associada ao
Envelhecimento
Sabemos que o envelhecimento é um período em que
ocorrem grandes mudanças, em diferentes esferas da vida do indivíduo, sendo marcado
principalmente por mudanças neuropsicológicas, perturbações no ciclo de sono e
distúrbios psicológicos que levam a alterações no dia-a-dia do individuo.
Com o avanço da idade é comum surgirem alterações no funcionamento
global do organismo, tais como perturbações na linguagem e na percepção,
depressões, hipocondria e isolamento, que acabam por contribuir para uma redução
mais acentuada da sua actividade motora e social, com penalização da
funcionalidade.
Associada ao AVC
As principais consequências das doenças neurológicas
incidem no movimento ao nível do controlo motor, cuja causa primária é a
disfunção neurológica. A consequência clássica de um acidente vascular cerebral
(AVC) é a hemiplegia, que se caracteriza por alterações da motricidade e da
sensibilidade num hemicorpo. Estas alterações têm repercussões nefastas sobre a
mobilidade dos indivíduos, originando situações de dependência funcional, temporária
ou permanente.
As manifestações clínicas presentes num paciente com
AVC envolvem comumente alterações a nível sensitivo e motor, levando a um
défice da função motora. A presença de um défice do controlo motor pode ser
caracterizada como sendo fraqueza, alteração do tónus e movimentos estereotipados,
que podem mesmo vir a limitar as habilidades para a realização das atividades
como a marcha, subir e descer escadas e ainda fazer a sua própria higiene.
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